Taxa de Juros de Financiamento Imobiliário: fixa ou variável?

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Não há dúvidas de que comprar um imóvel é um grande passo na vida de qualquer pessoa, certo?

Mesmo para quem já tem uma casa própria, fazer novos investimentos em imóveis exige bastante atenção aos detalhes financeiros – até para evitar futuras dores de cabeça.

E é exatamente por isso que estamos aqui: para te guiar com segurança e tranquilidade nessa jornada.

Entre os principais fatores que merecem uma análise cuidadosa está a taxa de juros de financiamento imobiliário.

Esse tema costuma gerar muitas dúvidas, principalmente sobre o que é melhor: optar por uma taxa fixa ou uma taxa variável?

Esta escolha pode impactar diretamente o valor total pago no imóvel ao longo dos anos.

Por isso, neste artigo, ajudamos você a entender tudo o que precisa saber para tomar a melhor decisão. Confira!

Como funciona a taxa de juros de financiamento imobiliário?

Como funciona a taxa de juros do financiamento imobiliario

Antes de decidir entre taxa fixa ou variável, é essencial entender o que são os juros do financiamento imobiliário e como eles impactam as parcelas que você vai pagar.

A taxa de juros nada mais é do que a remuneração que o banco cobra por emprestar dinheiro.

Esses juros são definidos com base em diversos fatores.

O mais importante deles é a política monetária do país (Selic, inflação, etc.), mas não para por aí.

A renda do comprador, o valor e o tipo do imóvel, o relacionamento com o banco escolhido, e claro, a linha de crédito escolhida também são pontos muito importantes.

Cada banco trabalha com diferentes modalidades e critérios para concessão de crédito. 

Por esse motivo, comparar as ofertas entre bancos é fundamental.

Você pode usar um simulador de financiamento, que compara condições de diferentes instituições financeiras, ou consultar diretamente os sites dos bancos.

Aliás, muitos deles disponibilizam simuladores com valores atualizados.

Panorama atual: taxas de juros em 2025

Até a data da publicação deste artigo (abril de 2025), os financiamentos imobiliários no Brasil apresentam taxas médias entre 9,0% a 11,5% ao ano.

Isso considerando linhas de crédito padrão com recursos da poupança SBPE.

A taxa Selic está atualmente em 14,25% ao ano, o que influencia diretamente as condições oferecidas pelos bancos.

Essas taxas podem variar bastante, por isso é importante consultar diretamente a instituição financeira e simular com os seus dados reais.

Como funciona a taxa fixa?

A taxa fixa é a mais conhecida entre os compradores. 

Nesse modelo, o percentual de juros contratado no início do financiamento permanece o mesmo até o final do pagamento.

Isto é, você sabe exatamente quanto vai pagar em cada parcela durante todo o período do contrato.

Entre algumas vantagens da taxa fixa está a previsibilidade

Saber o quanto vai pagar todo mês é essencial para quem gosta de se planejar financeiramente com antecedência.

Há também a vantagem da segurança, que te deixa protegido de variações econômicas (como aumento da inflação ou da Selic).

Em suma, a taxa fixa é ideal para quem gosta de planejar com tranquilidade e evitar surpresas.

E mesmo que o cenário econômico melhore (com queda de juros), você continua pagando a mesma taxa.

Para quem a taxa fixa é mais indicada?

A taxa fixa é ideal para perfis mais conservadores, especialmente para quem faz questão de ter certeza sobre o valor das parcelas ao longo de todo o financiamento.

Também é uma excelente escolha para quem tem um orçamento bem definido, como aposentados ou investidores.

Esse tipo de perfil normalmente busca diversificar o patrimônio com imóveis e preferem segurança e previsibilidade nos custos.

Como funciona a taxa variável?

Na taxa variável, como o próprio nome já diz, o valor dos juros pode mudar ao longo do tempo.

Essa variação acompanha índices de referência, como:

  • Taxa Referencial (TR);
  • Inflação medida pelo IPCA; 
  • Taxa Selic.

Geralmente, o contrato estabelece um juro base somado ao índice. 

Dando um exemplo: 3% ao ano + IPCA.

Uma das principais vantagens da taxa variável é que ela costuma começar com juros mais baixos do que a taxa fixa.

Em cenários de queda na inflação ou nas taxas de juros, o financiamento pode sair mais barato, trazendo uma boa economia no longo prazo.

Mas nem tudo são flores: essa imprevisibilidade também pode ser uma desvantagem, já que as parcelas podem aumentar bastante com o tempo.

Essa incerteza pode complicar o planejamento financeiro, principalmente para quem tem um orçamento mais apertado.

E vale o alerta: em financiamentos de longo prazo, o risco é ainda maior, pois é impossível prever como os índices vão se comportar ao longo dos anos.

Para quem a taxa variável é mais indicada?

A taxa variável é uma boa opção para investidores que acompanham o mercado e acreditam em uma tendência de queda nos índices de referência, como a Selic ou o IPCA.

Ela também pode ser interessante para quem pretende quitar o imóvel antes do prazo final, já que isso ajuda a reduzir o risco de variações nos juros ao longo do financiamento. 

Essa flexibilidade permite aproveitar as condições econômicas favoráveis enquanto ainda é possível se proteger das oscilações no futuro.

Qual é melhor: taxa fixa ou variável?

Qual e melhor taxa fixa ou variavel

A resposta mais honesta é: depende do seu perfil de comprador e dos seus planos com o imóvel.

A taxa fixa garante previsibilidade total: as parcelas permanecem iguais durante todo o contrato, independentemente das variações da economia.

É ideal para quem busca estabilidade e segurança, pois elimina o risco de aumento nos pagamentos.

No entanto, essa tranquilidade costuma vir com um custo inicial mais alto, já que o banco se protege contra possíveis aumentos futuros da taxa de juros, como a Selic.

Já a taxa variável está atrelada a indicadores como a Selic ou o IPCA, e as parcelas podem oscilar ao longo do tempo.

Em momentos de queda da taxa de juros, ela pode ser mais vantajosa no curto prazo, gerando economia.

Por outro lado, envolve um maior risco de aumento nas prestações, exigindo atenção constante ao mercado. 

É mais indicada para quem tolera riscos e acompanha a economia de perto.

Portanto, a melhor opção será aquela que se adequa ao seu perfil.

Afinal, só você pode definir o que realmente importa nesse aspecto.

Se busca economia inicial e está preparado para eventuais oscilações, a variável pode ser mais interessante.

Perguntas para se fazer antes de decidir:

  1. Você planeja manter o financiamento até o fim ou pretende quitar antes?
  2. Tem renda estável ou sofre com oscilações?
  3. Consegue lidar com variações nas parcelas mensais?
  4. Quer dormir tranquilo sabendo que o valor não vai mudar?

Responder a essas perguntas com sinceridade ajuda muito a fazer a melhor escolha e conversar com o corretor de imóveis na hora de fechar negócio também pode ajudar.

Conheça também a taxa mista

Além da taxa fixa e da variável, existe uma opção intermediária que pode ser interessante: a taxa mista.

A principal vantagem da taxa mista é que ela traz mais previsibilidade no começo, o que ajuda muito no planejamento financeiro nos primeiros anos. 

Depois, se o cenário econômico estiver favorável, você pode se beneficiar de juros mais baixos na fase variável.

Esse modelo também é vantajoso para quem pretende quitar ou vender o imóvel antes do fim do período fixo, evitando os riscos da variação.

Por outro lado, a taxa mista tem menos previsibilidade no longo prazo, e pode ser mais difícil de comparar com as outras modalidades. 

Além disso, exige atenção ao cenário econômico para entender se a mudança para a taxa variável será positiva ou não.

Para quem ela é indicada?

A taxa mista é uma boa escolha para quem valoriza estabilidade nos primeiros anos, mas também não descarta a possibilidade de quitar ou vender o imóvel antes do fim do contrato. 

Isso porque, durante o período fixo, é possível se planejar com mais segurança, sem surpresas nas parcelas.

Também é uma opção interessante para quem acredita que os juros podem cair no médio prazo. 

Nessa situação, ao chegar na fase de juros variáveis, há chances de pagar menos do que se tivesse optado por uma taxa fixa desde o início.

Ou seja, a taxa mista é indicada para quem tem um perfil equilibrado, ou seja, busca segurança agora, mas está aberto a aproveitar boas oportunidades no futuro.

Dica extra: amortização pode fazer toda a diferença

Se você tem um dinheiro guardado ou recebeu um valor extra que pode investir, vale a pena conhecer o sistema de amortização do seu financiamento.

Amortizar significa adiantar o pagamento do saldo devedor, o que pode ajudar a reduzir muito o valor total dos juros pagos ao longo dos anos.

Ou seja, você quita uma parte da dívida antes do prazo e, com isso, paga menos no final.

Existem dois sistemas principais de amortização:

1. Tabela SAC (Sistema de Amortização Constante)

As parcelas começam mais altas, mas vão diminuindo ao longo do tempo. 

    É um modelo que reduz a dívida de forma mais rápida e, por isso, costuma gerar uma economia maior com os juros.

    2. Tabela Price

    Nesse caso, as parcelas são fixas, o que facilita o planejamento mensal. 

      O valor dos juros pagos no início é maior, pois a amortização do saldo devedor acontece de forma mais lenta.

      Ambas as opções trazem vantagens.

      Em financiamentos com taxa variável, a estratégia de amortização pode ser ainda mais vantajosa devido ao seu potencial de economia.

      Sabemos que pode ser difícil escolher

      Escolher entre taxa fixa, variável ou mista não é uma decisão simples, mas entender como cada uma funciona ajuda (bastante!) a evitar arrependimentos no futuro.

      Não existe uma única resposta que sirva para todos. 

      O importante é considerar seu perfil financeiro, seus objetivos com o imóvel e sua tolerância a riscos.

      Lembre-se também de que as condições econômicas mudam com o tempo, e isso pode afetar diretamente a sua escolha.

      Por isso, faça simulações, compare bancos e, se possível, conte com a ajuda de profissionais que entendam do assunto.

      Na Imobiliária Novo Lar, nossos corretores têm ampla experiência e estão sempre prontos para ajudar você a tomar decisões seguras e vantajosas.

      Afinal, mais do que vender imóveis, a gente entrega confiança.

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