Você está pensando em começar a aplicar o seu dinheiro, mas tem medo de arriscar e perder?
O mercado de investimentos tem inúmeras opções, mas realmente nem todas são muito simples e seguras quanto ao retorno.
Justamente por não apresentar risco, a poupança ainda é o investimento preferido da população brasileira, segundo o Raio X do Investidor Brasileiro de 2024, mesmo não tendo tanto rendimento.
Mas o estudo mostra uma mudança importante no perfil dos investidores.
Hoje, 27 milhões de brasileiros já diversificam suas carteiras.
Dentre as opções mais seguras e tradicionais está o ramo imobiliário, investindo em apartamentos, casas, terrenos ou até loteamentos.
Afinal, o que rende mais? Quais as vantagens de investir em imóveis e de aplicar na poupança?
Conheça as duas opções antes de decidir o que combina mais com o seu perfil e satisfaz o seu orçamento.
A situação de quem investe hoje na poupança
A poupança é o investimento mais popular no país.
Na 8ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) apontou que 23% dos investidores brasileiros investem na caderneta em 2024.
Mas sua participação vem caindo: em 2021 era 29%, e em 2019 era 34%.
Esse dado reforça a tendência de migração para investimentos mais rentáveis, mesmo entre perfis conservadores.
Com a queda dos juros básicos da economia, a caderneta de poupança passou a render menos.
Pela legislação em vigor, o rendimento da poupança é reduzido sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Veja:
- Se a Taxa Selic for maior que 8,5%: rendimento de 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR), calculada pelo Banco Central
- Se a Taxa Selic for menor que 8,5%: rendimento de 70% da taxa anual da Selic + TR
Em maio de 2025, a Selic passou para 14,75% ao ano. Considerando a inflação (IPCA) atual, o retorno real acaba sendo negativo.
Isso quer dizer que os ganhos com a poupança hoje são menores que a alta dos preços.
Entenda por que, olhando para um exemplo prático:
- Você investiu R$ 1 mil na poupança e deixou o valor lá, parado, durante 12 meses
- O ganho vai ser de R$ 73,70 passado esse um ano
- No entanto, a inflação acumulada nos últimos 12 meses (em abril de 2025) foi de 5,53%, portanto, o ganho real é muito menor.
- Com o poder de compra corrigido, os R$ 73,70 acabam sendo apenas R$ 17,45.
- Ou seja, você terá retorno muito baixo depois de um ano, ficando com R$ 1017,45 na caderneta.
- É uma rentabilidade real aproximada: 1,75% no ano.
O alerta para quem investe na poupança é ficar de olho nos índices da economia (Selic e IPCA, principalmente), porque, dependendo de como estão as taxas, você pode acabar “perdendo dinheiro” ao optar pela caderneta.
5 vantagens de investir na poupança
Apesar do cenário complicado, a poupança tem qualidades e benefícios em relação a outros investimentos, principalmente se você tiver um perfil mais conservador.
1) Facilidade
Qualquer pessoa consegue abrir uma conta poupança e ela mesma faz os investimentos quando e quanto quiser, sem se preocupar mais com a aplicação.
Não há necessidade de conhecimentos técnicos nem de ajuda de especialistas.
2) Liquidez imediata
Esse é um dos maiores atrativos das cadernetas: você pode sacar o seu dinheiro a qualquer momento, independentemente de um valor ou tempo de aplicação mínimos.
3) Ausência de taxas e impostos
Imposto de Renda, IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros) ou outras taxas administrativas são proibidos para esse tipo de aplicação financeira.
Tanto na manutenção da conta quanto para saques. Não existe desconto algum.
4) Segurança
A poupança conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que é uma espécie de garantia de pagamento caso o banco, por algum motivo (como falência), não possa devolver os valores acumulados pelo investidor (com limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ).
5) Sem riscos
Você não corre riscos ao aplicar na poupança, pois, mesmo que seja um percentual baixo, ele vai gerar mais se você deixar o dinheiro lá.
Claro que, contando a inflação, esse ganho pode ser anulado.
Mas é melhor deixar na poupança do que na conta corrente convencional.
A situação de quem investe hoje em imóveis

Com a queda da atratividade da poupança, muitos brasileiros estão diversificando suas aplicações.
Segundo a ANBIMA, há um movimento crescente em direção a produtos com melhor rendimento e segurança — especialmente entre os investidores de perfil conservador.
Os títulos privados, por exemplo, estão em crescimento pelo terceiro ano consecutivo.
Já os fundos de investimento aparecem na terceira posição, superando as moedas digitais, que perderam espaço em relação às edições anteriores da pesquisa.
Por exemplo, houve crescimento de 25% no total de investidores pessoa física em Fundos de Investimento Imobiliário (FII) em 2023.
No entanto, FII não é renda fixa – ou seja, não é um investimento que possui regras de remuneração definidas no momento da aplicação no título.
Caso haja uma crise econômica (como quando tivemos a pandemia de Covid-19) ou houver uma crise no mercado imobiliário, pode ocorrer uma desvalorização dos fundos e você pode acabar perdendo dinheiro.
Além disso, os desafios econômicos domésticos podem impactar diretamente o setor.
As altas da Selic e o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) são alguns dos fatores que tornam ainda mais volátil (e arriscado) o segmento.
Por isso, muitas pessoas acabam preferindo investir em um imóvel físico no seu nome.
Seja para alugar ou para fazer um novo negócio depois de uma valorização, é seguro como a poupança, mas mais rentável do que a caderneta.
Porém, o tamanho do lucro vai depender da lei da oferta e da procura, que é diretamente afetada pela situação econômica do país.
Para quem pensar em comprar um imóvel, existem basicamente duas opções para obter retorno do investimento:
Investimento para locação
Você pode adquirir ou financiar um imóvel e, ao invés de vendê-lo, pode alugar para outras pessoas.
Essa é uma boa opção para quem quiser que o investimento “se pague”, ou seja, você quitar as parcelas de compra com o valor recebido da locação.
O ideal é que, mesmo o imóvel não estando quitado, você consiga uma renda extra mensalmente do aluguel.
Ou, então, pelo menos que dê elas por elas no valor das parcelas.
Como conseguir isso?
O principal conselho é fazer a escolha correta do imóvel.
Existem ótimas oportunidades, como imóveis populares e flats, ou até salas comerciais e casas de veraneio.
O importante é ter bom conhecimento da região onde você pretende investir, se está sendo valorizada ou não, e qual o potencial que o próprio imóvel tem na comparação com os vizinhos.
Investimento para compra
Não muito diferente do imóvel para locação, para investir em algo que você deseja vender para lucrar é pesquisar bastante e avaliar bem o mercado local.
Muitos investidores preferem comprar imóveis na planta, pagando de 20% a 30% do seu valor, para depois revendê-los um ou dois anos depois do início das obras.
É uma alternativa bem interessante, pois tem ganhos altos em pouco tempo.
Mas é necessário se informar bem sobre o negócio ou ter ajuda de um bom corretor de imóveis.
Afinal, nem todo imóvel na planta é realmente vantajoso.
Além disso, é preciso avaliar bem o melhor momento para fazer a venda.
Há também a opção de investir em um imóvel usado.
As imobiliárias estão cheias deles, entretanto, é preciso ter um olhar bem apurado para saber identificar estas oportunidades.
Além do potencial de venda, é preciso avaliar a necessidade de investimentos em reformas, por exemplo, e projetar os ganhos.
Veja também: Como avaliar um imóvel usado para a compra (10 dicas de especialista)
Como calcular o retorno sobre o investimento em imóveis

Antes de investir em um imóvel, é importante considerar todos os custos envolvidos na aquisição:
- Valor da compra;
- ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis);
- Escritura;
- Cartório;
- Possíveis reformas;
- Taxas de corretagem.
A partir disso, você pode calcular o ROI (Return on Investment), que mede o retorno percentual sobre o valor investido.
Você pode fazer o cálculo tanto para imóveis que deseja vender quanto para imóveis que deseja colocar para aluguel e, então, tomar a melhor decisão.
A fórmula é a seguinte:
ROI = (Lucro Líquido Anual) / (Valor Total Investido) × 100
Vamos, então, entender como funciona o ROI na prática.
ROI para aluguel (renda mensal)
Se o imóvel for alugado, o retorno tende a ser mais estável.
Veja um exemplo real:
- Valor total investido: R$ 300 mil
- Aluguel mensal recebido: R$ 2.000
- Lucro anual: R$ 2.000 × 12 meses = R$ 24.000 por ano
ROI = 24.000 / 300.000 × 100 = 8% ao ano
É importante entender que quanto mais tempo o imóvel estiver alugado, maior o ganho acumulado.
Um ROI de 6% a 10% ao ano é considerado atrativo no mercado residencial, especialmente em cidades turísticas ou em expansão.
ROI para revenda (ganho de capital)
No caso da venda de um imóvel, o rendimento depende da valorização que ele vai ter ao longo do tempo – uma região em franco desenvolvimento, por exemplo.
Ou da reforma que será feita, modernizando e dando nova cara ao local.
Veja um exemplo real:
- Valor de compra + despesas: R$ 300 mil
- Valor de revenda: R$ 450 mil
- Lucro: R$ 150 mil
ROI = 150.000 / 300.000 × 100 = 50% de retorno
Esse tipo de operação exige mais planejamento, mas pode gerar lucros expressivos, especialmente em áreas com crescimento urbano ou imóveis comprados na planta.
5 benefícios de investir em imóveis

1) Segurança
O imóvel físico é um ativo que consegue manter seu valor mesmo em períodos de instabilidade econômica, como alta dos juros ou inflação elevada.
Por isso, é uma boa opção para quem quer ter segurança e garantir renda para o futuro, podendo cobrar aluguéis para complementar a aposentadoria, por exemplo.
2) Sem grandes riscos
Os riscos ao investir no mercado imobiliário são praticamente inexistentes.
Isso porque eles não têm uma relação direta com a quebra de bancos ou da bolsa de valores e nem correm o risco de serem congelados pelo governo, como é o caso da poupança em uma situação extrema.
Por isso, independentemente de alguma crise, um imóvel vai permanecer como patrimônio.
3) Renda extra
Ao investir em um imóvel para locação, você terá uma renda extra.
Essa renda também é chamada de passiva, porque é uma espécie de remuneração que não depende de um emprego e que permite ao dono cobrir as despesas do imóvel ou guardar o valor para outros usos ou novos investimentos.
4) Renda “vitalícia”
Imóveis são fontes de renda que podem durar a vida toda e, inclusive, se tornar herança para futuras gerações.
É possível alugar um imóvel quando o mercado não estiver aquecido para vendas, obtendo um retorno baixo, mas periódico, ou vender quando o mercado estiver valorizado.
5) Poupança rentável
O valor de mercado de um imóvel, a longo prazo, supera a inflação e o imóvel também se valoriza conforme o desenvolvimento na região onde está localizado.
Ou seja, se você não tiver pressa, a tendência de ganhos só aumenta.
Sem contar que acaba sendo uma garantia lá na frente.
Afinal, investir em imóveis ou aplicar na poupança?
Antes de tomar qualquer decisão, é essencial avaliar seu perfil de investidor, seus objetivos financeiros e seu horizonte de tempo.
A poupança ainda é vista como uma opção prática e segura para quem quer liquidez imediata e zero complexidade, mas sua rentabilidade real continua baixa — mesmo com a Selic em alta.
Em 2025, o rendimento real da poupança gira em torno de 1,75% ao ano, após descontar a inflação.
Já imóveis bem localizados podem render entre 6% e 10% ao ano em aluguéis e até mais em revendas, dependendo da valorização da região.
Além disso, imóveis em cidades em expansão como Capão da Canoa chegaram a valorizar até 75% em menos de 10 anos, o que confirma o potencial de ganhos acima da média quando a escolha é bem feita.
Em resumo:
Se a prioridade for liquidez imediata e simplicidade, a poupança ainda cumpre esse papel — com baixo retorno.
Se o objetivo for patrimônio de longo prazo, geração de renda e valorização, o investimento em imóveis físicos continua sendo uma das melhores opções.
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